AfroDai
Uma das precursoras das técnicas afro -no quesito beleza- no Rio, nos anos 70, a cabeleireira Dai Bastos (foto) vendeu tudo que tinha -carro, apartamento mais salão de beleza- para passar o aprendizado adiante. Trocando Copacabana por um casarão antigo da Lapa, ela criou o Espaço de Estética e Cultura Afrodai, uma ONG onde jovens entre 14 e 21 anos -geralmente pobres e muitas já com filhos- têm cursos de maquiagem, depilação, manicure e penteado junto com palestras sobre cidadania e saúde. A história deu tão certo que o projeto foi classificado pela ONU como uma das 40 melhores práticas do mundo para melhorar o tipo de vida -e as 40 alunas recebem do Comunidade Solidária ajuda de custo para alimentação e vale-transporte. Partindo da idéia de que não adianta dar cesta básica para que as pessoas tenham trabalho e auto-estima -a maioria das alunas já está empregada-, a moça batalha verbas para ir além: acomodar as 80 candidatas da fila de espera e investir na terceira idade.