O Censo Demográfico Brasileiro 2022
COLUNA IYALETA: O CENSO DEMOGRÁFICO BRASILEIRO 2022
Abordaremos as dimensões da pesquisa censitária no conhecimento populacional e territorial nacional; a importância dos dados censitários no desenvolvimento científico; e o grande avanço no reconhecimento etnico/racial populacional e territorial ao ser recenseada pela primeira vez na história da pesquisa a população Negra Quilombola. Qual a importância dos dados censitários para políticas públicas nacional e municipal? Qual o impacto dos cortes no questionário para a análise das desigualdades étnica, racial, de gênero e geracional? Qual a importância do censo na elaboração e efetivação de ações de redução dos impactos das mudanças climáticas?
Juventude Negra: Festas, Estética e Potência: As Várias Cenas (R)Existentes.
JUVENTUDE NEGRA: FESTAS, ESTÉTICA E POTÊNCIA. AS VÁRIAS CENAS (R)EXISTENTES
Com o advento das tecnologias e impulsionamento da comunicação nas redes, a juventude negra vem ganhando muito espaço nas cenas de festas por todo o Brasil. Podemos observar que a identidade por meio da estética tem sido cada vez algo com grande destaque, é por meio dela que isso é potencializado. Mesmo com as mais diversas variantes musicais, é possível perceber que o funk e o hip hop são as grandes influencias dentro dessas cenas. São jovens negros que resistem e cada vez mais assumem esse protagonismo, a cena BallRoom do Brasil é um dos grandes exemplos disso.
Educação Colonial: Diálogos Angola - Brasil
EDUCAÇÃO DECOLONIAL: DIÁLOGOS ANGOLA – BRASIL
Brasil e Angola estão umbilicalmente unidos, por uma ancestralidade comum, já que milhões de pessoas africanas daquela região foram pra trasladadas na condição de escravizadas, e aqui cravaram suas marcas, no idioma, na cultura, nas tecnologias e nas tradições.
Estamos também tragicamente unidos pelo projeto colonial português, e por sua herança de ignomínias, da imposição de uma hegemonia eurocentrada, que se reproduziu e se reproduz em diversos aspectos, na cultural, na política, na filosofia, e no modo de ser, viver e enxergar o mundo.
Até que ponto esse estado de violência epistêmica ainda está entranhadas nos sistemas educacionais de Angola e Brasil? Quais as perspectivas para a sua superação em ambos os países?
Racismo e Educação: Os Desafios Na Sala de Aula
A questão educacional tem sido preocupação dos movimentos negros desde sempre, sabendo ser uma das principais ferramentas para transformar a realidade, lutar contra o racismo, bem como instrumentalizar gerações futuras para romper com as barreiras raciais e os ciclos de pobreza crônica que atingem desproporcionalmente a população negra no país.
Além da luta pela inclusão e permanência das crianças e jovens negros (as) na escola formal, outra preocupação marcante tem sido o combate à educação eurocentrada, ao racismo reproduzido no material didático e às relações permeadas pela violência racial, preconceitos e discriminações.
Entre os avanços alcançados, podemos citar marcos legais, como a Lei 10.639/03 e as políticas de ações afirmativas.
Mas, e no “chão” da escola, na sala de aula, o que está acontecendo concretamente?
Sabemos que existem iniciativas individuais bem sucedidas, marcadas pelo compromisso de parte do corpo docente, experiência exitosas que precisam ser destacas.
Mas há também um embate permanente contra a crescente precarização da escola pública, o racismo travestido de má vontade de muitos (as) gestores (as), a reprodução em ambiente escolar das relações violentas que permeiam a sociedade, o material didático que continua não refletindo a presença africana no país, entre outros muitos problemas.
Exu: A Encruzilhada da (R) Existência
EXU: A ENCRUZILHADA DA [R] EXISTÊNCIA
Exu foi a figura mais demonizada na cultura afro-brasileira. Junto com essa demonizaçao está o povo preto, as comunidades tradicionais de matriz africana (terreiros) e a cultura afro-brasileira. Com isso, aumenta o racismo e a violência. Essa conversa será uma proposta de descolonizaçao e desmonização para darmos o lugar correto a Exu na epistemologia afro-diaspórica.
Propor essa leitura decolonial significa fazermos da encruzilhada o lugar de [r]esistência do povo preto. Implica entendermos o que significa resistir diante toda uma narrativa autorizada e hegemônica que teve a mitologia grega como a única possibilidade de conhecer e se legitimou como conhecimento universal. Significa estranhar e questionar o que esses mitos dizem sobre nós negros? Édipo, Narciso, Hermes, Dionisio, Apolo e outras mitologias são invenções da branquitude que desenharam um ethos e uma estética a partir do conceito de bom, de belo, de mal e de justo que não nos inclui, e nós negros não nos reconhecemos nesse espelho narcísico da "bela aparência" forjado pela branquitude hétero, cis e patriarcal.
Precisamos lançar uma nova flecha contra esse tempo que bestializou, silenciou e apagou a nossa história e junto com ela, a nossa humanidade. A encruzilhada é o locus e Èsù é a vontade de comer e devorar tudo que tira a nossa potência e nos desumaniza. Èsù é a Yangui (pedra fundamental) a força primordial que sustenta a vida. Laroyê!
Reparações Históricas e Justiça Racial
De 01 a 04 de agosto ocorreu em Gana a Cúpula de Reparações e Cura Racial, evento que reuniu governantes de países africanos e lideranças africanas e da diáspora, buscando “criar uma plataforma para a unificação de um plano transcontinental de reparação. Também proporcionará uma oportunidade para vários atoresdo continente e da Diáspora se comprometerem a redefinir estratégias, construir pontes e gerar confiança na campanha global”. (https://accrasummit.com/)
Esta não é uma questão nova. No século 19 fez parte das discussões do processo de abolição da escravatura no Brasil, e nos demais países escravocratas, mas foi solenemente ignorada. Muito pelo contrário, o final do estatuto jurídico da escravatura, foi seguido de legislações que reforçaram o racismo, a segregação e a negação de direitos para a população negra.
Mais recentemente vimos governantes europeus pedindo perdão pelas atrocidades do colonialismo europeu sobre povos e territórios africanos e sua descendência privada de liberdade e direitos. Mas existe uma tragédia humana e ambiental que não pode ser ignorada, e que precisa ser reparada.
"Nenhuma quantidade de dinheiro pode restaurar os danos causados pelo comércio transatlântico de escravos - e suas consequências - que se estendeu por muitos séculos, mas, no entanto, agora é hora de reviver e intensificar as discussões sobre a reparação para a África", disse o presidente de Gana Nana Akufo-Addo, durante a Cimeira em Accra, Gana.
Escritas Pretas. Vozes Pretas. Epistemologias Pretas
ESCRITAS PRETAS. VOZES PRETAS. EPISTEMOLOGIAS PRETAS
VILMA PIEDADE: Escritora. Professora de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, com Graduação em Letras (UFRJ), pós Graduação Ciência da Literatura (UFRJ). Autora do Livro Conceito Dororidade - Nov/2017 - Editora NÓS, e com Andréa Pachat lançou em 2021 o Livro Sobre Feminismos, Editora Agir/Nova Fronteira. Coleção Conversa Afiada/Ed.Agir. Antirracista, Mulher Preta, integrante da Comissão de Relatoria da Revisão da Conferência de Durban. Palestrante com vários artigos publicados em várias Mídias. Entrevistas. Participou do Programa Encontros- Fátima Bernardes- apresentando o Livro Conceito Dororidade na TV Globo. @dororidade
RODRIGO FRANÇA: Articulador cultural, escritor, diretor de cinema e teatro, dramaturgo e artista plástico. Filósofo político e jurídico, atuando como pesquisador, consultor e professor de direitos humanos fundamentais. É ativista pelos direitos civis, sociais e políticos da população negra no Brasil. ganhou o Prêmio Shell de 2019. Escreveu sete espetáculos teatrais, entre eles: O Pequeno Príncipe Preto, Capiroto e Inimigo Oculto. Os seus últimos trabalhos são "Oboró - Masculinidades Negras", “O amor como revolução" e "Enlaçador de mundos", onde assina direção.
ALBERTO RODRIGUES: Maranhense, produtor cultural, músico, comunicólogo, palestrante, ativista sociocultural. Autor dos livros "Pensamentos A.Ro" e ""Minha Pele". Idealizador e coordenador do Grupo Acesso Cultural, Canal Q-Cria e do Festival Literário de São Gonçalo – FLISGO. Prêmio Escritas Pretas e ABLA - Aquilombamento Brasileiro de Letras e Artes Pretas e Originárias. Recebeu o prêmio de Produtor Cultural pelo Prêmio BatucAsè e o Prêmio Ubuntu de Cultura Negra 2022, na categoria Ações Literárias Inspiradoras. @albertoflisgo, @flisgo, @escritaspretas.oficial
HUMBERTO ALVES: Produtor idealizador do Viradão Cultural Suburbano. Cineasta, Artista plástico. Ativista do Movimento Negro. Integrante do Coletivo Sarau Pequena África, que visa enaltecer autores e personalidades negras. Recentemente recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Ordem dos Capelães do Brasil por serviços prestado à Cultura.
Participação Especial
NILZE BENEDICTO: Cantora, compositora, trovadora e professora de Ciências Físicas e Biológicas. Suas músicas expressam temas em prol das minorias, ancestralidades, empoderamento feminino, ambiental e de inclusão. Seu álbum totalmente Autoral, MULHERES POTENTES se encontra nas redes sociais. YouTube: Nilze Benedicto, @nilzebenedicto.oficial, @ nilze.lenebenedicto
Mediação: SILVANY EUCLÊNIO
Moderação do chat: SÉRGIO DINIZ
De Axé a Iwá (Caráter): Abiodun e a Estética Iorubá
DO AXÉ A IWÁ (CARÁTER): ABIODUN E A ESTÉTICA IORUBÁ
Normalmente pensamos a ideia de axé como força vital ou como princípio fundamental de realização do mundo, muito acionado nas tradições africanas e afro-diaspóricas. E, também, usualmente encontramos a abordagem de Iwá (o caráter) como uma ideia moral, ética do pensamento iorubá. Neste encontro discutiremos como, para o pensamento iorubá, o axé é também entendido como dimensão estética, vinculado com a beleza e com a criação, assim como também veremos como a ética e a estética estão internamente vinculado para os povos iorubás, de maneira que o bom e o belo estejam internamente vinculados. E seguiremos para discutir essas questões o pensamento do filósofo da arte iorubá, nascido na Nigéria, Rowland Abiodun, na companhia da Dra. Naiara Paula e do mestrando Kim Camargo.
África e Sua Sexta Região: Pensando Caminhos de Educação Para Soberania Alimentar e Nutricional
A União Africana declarou, em 2003, a Diáspora Africana como a Sexta Região e com isso vem criando mecanismos para possibilitar o desenvolvimento das pessoas africanas e suas comunidades em todo mundo.
Cumprindo com a Agenda 2063, a União Africana elegeu como tema de sua atuação, em 2022, para suas seis regiões, o “Fortalecimento da Resiliência em Nutrição e Segurança Alimentar no Continente Africano”, desdobrado nesses subtemas: “Fortalecimento de Sistemas Agroalimentares, Sistemas de Saúde e Proteção Social para a Aceleração do Desenvolvimento do Capital Humano, Social e Econômico”.
O Latitudes Africanas e o Pensar Africanamente pretendem proporcionar um espaço de reflexões em torno dessas questões: O que é a Sexta Região Africana? Qual é a sua relação o Continente Mãe? O que significa saúde, soberania alimentar e nutricional para pessoas africanas? Nesta quarta parte, vamos conversar com BAS´ILELE MALOMALO, RUTE COSTA, PEDRO ACOSTA LEYVA e KOTA MULANJI (Dra. Regina Goulart)
Nossa História Conta
“Enquanto os leões não tiverem os seus
contadores de histórias, as histórias das
caçadas glorificarão os feitos dos
caçadores.” (provérbio yoruba)
A Rede de Historiadorxs Negrxs articula suas ações através de assuntos fundamentais para a superação do racismo no Brasil e a democratização do conhecimento, a partir da prática de letramento histórico. Integrantes da Rede apresentam debates referentes à história da população negra no Brasil, na Diáspora ou no continente africano.
Contra a política de silenciamento e desvirtuamento da nossa história, que nos fragiliza enquanto pessoas e enquanto população, a coluna NOSSA HISTÓRIA CONTA, parceria com Rede de Historiadoras Negras e Historiadores Negros, nos dá a conhecer um passado de lutas e construções protagonizado negras e negros em permanente luta.
Sortilégio, De Abdias Nascimento
A nova edição do texto definitivo da peça teatral de Abdias Nascimento, Sortilégio, inclui textos de Jessé Oliveira, fundador do grupo Caixa Preta de teatro negro, além de entrevistas com os atores Léa Garcia e Ângelo Flávio, e texto introdutório de Elisa Larkin Nascimento que situa historicamente a trajetória e evolução desse clássico do teatro negro e do teatro brasileiro.
Festival Mulheres Negras de Todo o Mundo - Música e Poesia
FESTIVAL MULHERES NEGRAS DE TODO O MUNDO – MÚSICA E POESIA
Sábado, 30.07.2022
Nós, mulheres negras, lutamos todos os dias, por nós mesmas e pelos nossos, contra o racismo e o patriarcado que estruturam a sociedade, por direitos, por cidadania e pela vida. A esta luta associamos datas e marcos, momentos para ampliar o diálogo e a visibilidade das nossas questões e pautas prementes.
Assim é o mês de julho, conhecido no Brasil também como Julho das Pretas, quando as organizações de mulheres negras se mobilizam de norte a sul do país, denúncias, em debates, marchas e protestos.
E no mês de julho, o dia 25 se reveste de significados e significâncias. É o Dia da Mulher Negra Latinoamericana e Caribenha, definido no I Encuentro de Mujeres Negras Latinosamericanas y del Caribe, ocorrido em 1992, na República Dominicana, como uma data de denúncia da violência e da discriminação, e também um dia de lutas.
No Brasil é também o dia de Tereza de Benguela, líder do Quilombo de Quariterê, que resistiu por décadas ao sistema escravista, tendo sido aniquilado no ano de 1770. E em 2014 foi instituído formalmente por decreto do governo federal como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.
Encerrando este mês emblemático, temos o 31 de julho, instituído como o Dia da Mulher Africana, em 1962, na Conferência das Mulheres Africanas, realizada na cidade de Dra-Es-Salaam (Tanzânia).
O Pensar Africanamente celebra estas datas numa edição especial da coluna MULHERES NEGRAS DE TODO O MUNDO, trazendo a potência poética e musical de mulheres de Angola, Moçambique, Alemanha, México, Colômbia e Brasil.
Nossa História Conta
NOSSA HISTÓRIA CONTA
“Enquanto os leões não tiverem os seus contadores de histórias, as histórias das caçadas glorificarão os feitos dos caçadores.” (provérbio yoruba)
A Rede de Historiadorxs Negrxs articula suas ações através de assuntos fundamentais para a superação do racismo no Brasil e a democratização do conhecimento, a partir da prática de letramento histórico. Integrantes da Rede apresentam debates referentes à história da população negra no Brasil, na Diáspora ou no continente africano.
Contra a política de silenciamento e desvirtuamento da nossa história, que nos fragiliza enquanto pessoas e enquanto população, a coluna NOSSA HISTÓRIA CONTA, parceria com Rede de Historiadoras Negras e Historiadores Negros, nos dá a conhecer um passado de lutas e construções protagonizado negras e negros em permanente luta.
Colunista HN
BETHÂNIA PEREIRA: Mestre em História pela Unicamp.
A Sociedade Desigual
A SOCIEDADE DESIGUAL
A edição de julho da Coluna IPEAFRO, irá abordar a Sociedade desigual, tema cada vez mais necessário no debate público e que dá título ao livro recém-lançado do escritor e economista Mario Theodoro publicado pela editora Zahar, que discute como o racismo opera para a manutenção da estrutura social brasileira baseada na desigualdade. Participarão do diálogo: WANIA SANT’ANNA, Historiadora, pesquisadora de relações de gênero e relações étnico/raciais; MARIO THEODORO, economista, conselheiro da Anistia Internacional e autor do livro “A sociedade Desigual: racismo e branquitude na formação do Brasil”; e ELISA LARKIN NASCIMENTO, cientista social e diretora do IPEAFRO.
África e Sua Sexta Região: Pensando Caminhos de Educação para Soberania Alimentar e Nutricional
ÁFRICA E SUA SEXTA REGIÃO: PENSANDO CAMINHOS DE EDUCAÇÃO PARA SOBERANIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL – Parte 3
A União Africana declarou, em 2003, a Diáspora Africana como a Sexta Região e com isso vem criando mecanismos para possibilitar o desenvolvimento das pessoas africanas e suas comunidades em todo mundo.
Cumprindo com a Agenda 2063, a União Africana elegeu como tema de sua atuação, em 2022, para suas seis regiões, o “Fortalecimento da Resiliência em Nutrição e Segurança Alimentar no Continente Africano”, desdobrado nesses subtemas: “Fortalecimento de Sistemas Agroalimentares, Sistemas de Saúde e Proteção Social para a Aceleração do Desenvolvimento do Capital Humano, Social e Econômico”.
O Latitudes Africanas e o Pensar Africanamente pretendem proporcionar um espaço de reflexões em torno dessas questões: O que é a Sexta Região Africana? Qual é a sua relação o Continente Mãe? O que significa saúde, soberania alimentar e nutricional para pessoas africanas? Nesta terceira parte, vamos conversar com BAS´ILELE MALOMALO, DANIELLE THEODORO, KWESI M. H. TA FARI e RAS KIJANI MENFESAWI.
Ancestralidade Na Mesa e Saúde
ANCESTRALIDADE NA MESA E SAÚDE
Se pensarmos a ancestralidade como tudo aquilo ligado aos nossos antepassados, levando em conta muito mais que caraterísticas genéticas e sociais e que moldam nossa identidade, pense no comer, toda a memória que ao sentar a mesa ou assistir numa tela de cinema, cenas que nos colocam em tempo e espaços de prazer.
Se pensarmos que saúde é o equilíbrio bio, psico, social, ambiental e ancestral, o que referimos antes, é também fator determinante de saúde.
Mesa de cinema é uma experiência que lida com estas questões e queremos conhecer valor emocional, o que são estas memórias mais presentes em forma de culinária e o valor nutritivo para tanto.
Vamos dialogar estas questões com KOTA MULANJI (Dra. Regina Goulart) e suas convidadas DANI PIMENTA, KYZZY RODRIGUES e REJANE MARTINS.
A Eleição de Francia Márquez na Colômbia e as Lições Para O Brasil
A ELEIÇÃO DE FRANCIA MÁRQUEZ NA COLÔMBIA E AS LIÇÕES PARA O BRASIL
A Colômbia tem a segunda maior população negra fora da África, ficando atrás apenas do Brasil. Entretanto aqui somos mais de 50% da população, e lá são pouco mais do que 10%, segundo os dados oficiais. Temos em comum o passado colonial e escravocrata, e um presente marcado pela violência racial e pelas assimetrias no acesso e garantia de direitos básicos.
Francia Márquez Mina, eleita vice-presidente da Colômbia no dia 19 de junho de 2022, possui uma trajetória semelhante à de muitas lideranças no Brasil. Mulher negra, mãe solo, advogada, financiou os próprios estudos, trabalhando como doméstica e garimpeira. Tornou-se uma ativista ambientalista e pelos direitos humanos, das mulheres, populações negras e indígenas, com uma trajetória reconhecida internacionalmente.
Pela primeira vez a Colômbia será governada por um partido de esquerda, que trouxe em sua chapa esta mulher, Francia Márquez Mina.
Também vivenciamos no Brasil um processo eleitoral, no qual a esquerda se coloca mais uma vez como alternativa a um governo fascista, racista e misógino, entre outras mazelas mais.
Que lições o recente processo eleitoral do Colômbia pode trazer para o Brasil? Vamos conversar sobre esta questão com o jornalista ANDRÉ SANTANA, a cientista social REGINETE BISPO, a cientista social VILMA REIS e o ativista colombiando ARLEISON ARCOS RIVAS.
África e sua Sexta Região: Pensando Caminhos de Educação Para Soberania Alimentar e Nutricional
ÁFRICA E SUA SEXTA REGIÃO: PENSANDO CAMINHOS DE EDUCAÇÃO PARA SOBERANIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - 2
A União Africana declarou, em 2003, a Diáspora Africana como a Sexta Região e com isso vem criando mecanismos para possibilitar o desenvolvimento das pessoas africanas e suas comunidades em todo mundo.
Cumprindo com a Agenda 2063, a União Africana elegeu como tema de sua atuação, em 2022, para suas seis regiões, o “Fortalecimento da Resiliência em Nutrição e Segurança Alimentar no Continente Africano”, desdobrado nesses subtemas: “Fortalecimento de Sistemas Agroalimentares, Sistemas de Saúde e Proteção Social para a Aceleração do Desenvolvimento do Capital Humano, Social e Econômico”.
O Latitudes Africanas e o Pensar Africanamente pretendem proporcionar um espaço de reflexões em torno dessas questões: O que é a Sexta Região Africana? Qual é a sua relação o Continente Mãe? O que significa saúde, soberania alimentar e nutricional para pessoas africanas? Nesta segunda parte, vamos conversar com DAGOBERTO JOSÉ FONSECA, MESTRE JORGE RASTA e BAS´ILELE MALOMALO. LÚCIA DE TOLEDO FRANÇA BUENO mediará o debate destacando suas implicações em nível nacional e internacional.
Eleições 2022: A Importância Do Voto Antirracista
ELEIÇÕES 2022: A IMPORTÂNCIA DO VOTO ANTIRRACISTA
Toda vez que o movimento negro apresenta a pauta antirracista nas eleições, a branquitude se levanta pra gritar que a pauta antirracista é uma pauta identitária, que são propostas apenas para um grupo e não para o país. Se a maioria da população brasileira é negra, e vivencia assimetrias historicamente construídas, um programa de governo pensado para e a partir da realidade da maioria da população, não é para um grupo, e sim para o Brasil.
Um programa político antirracista é o verdadeiro programa universal necessário para o desenvolvimento do país e para a consolidação da democracia nacional.
Vamos dialogar com ANA CLEIA KIKA, IÊDA LEAL e NAILAH NEVES VELECI, sobre as políticas atuais, ditas universais, mas que na verdade são feitas por e para homens brancos. Vamos falar sobre renovação política, crise de Representatividade, e como o voto antirracista é a resposta que o Brasil necessita.
Por Uma Psicologia Preta
POR UMA PSICOLOGIA PRETA
O racismo constitui uma rede de violências diversas, que incide cotidianamente sobre os corpos e mentes da população negra no Brasil. Genocídio, encarceramento em massa, negação de direitos, um estado de negação direitos e pertencimento. Tudo isso resulta em baixa auto-estima, ansiedade, insegurança, e num estado de alerta e estresse permanentes.
Quais são os impactos deste quadro sobre a saúde mental da população negra? A psicologia possui ferramentas para lidar com as especificidades da realidade vivenciada pela população negra? Vamos dialogar sobre estas questões com ARIANE KWANZA TENA, MARINA NIAMBI e ROBERTA FEDERICO.